sábado, 9 de abril de 2016

7 maneiras de prestar primeiros socorros emocionais

Cuidar das nossas mazelas físicas é normal, mas sentir dores emocionais pode doer tanto ou até muito mais do que a dor física

first aid
Se a gente se corta, faz um curativo, se temos uma dor forte, tomamos um analgésico. Ninguém questiona isso.
Cuidar das nossas mazelas físicas é normal, mas todo mundo sabe que sentir dores emocionais,  como por exemplo uma sensação de fracasso ou rejeição, pode doer tanto ou até muito mais do que a dor física.
E já que dói, nós temos que tratar para parar de doer. Aqui vão 7 maneiras de cuidar da alma na hora do aperto:
  1. Reconheça a dor emocional e trabalhe para aliviá-la antes que ela se torne dominante e abrangente demais. O corpo humano vai amplificando a dor física para que a gente veja que tem uma coisa errada e tome uma providência. O mesmo é verdade para as dores emocionais, se você percebe que está com uma dor emocional que não está melhorando, isso significa que você está realmente “ferido” e precisa se cuidar. Solidão, por exemplo, é um sentimento que pode ser devastador para a saúde mental e física das pessoas. Se você ou alguém que você ama, está se sentindo socialmente isolado, é necessário agir!
  2. Quando os pensamentos negativos começarem a dominar seus pensamentos, intercepte-os com distrações positivas. Ficar dando replay no cérebro de alguma coisa ruim que aconteceu, só para se torturar, sem necessariamente estar buscando uma solução ou mesmo um insight, não leva ninguém a lugar nenhuma e só causa mais dor. Bloqueie os pensamentos negativos. Uma boa maneira de parar com a ruminação negativa na nossas mentes é se distrair com alguma coisa que exija concentração. Vale tudo que faça você focar em outra coisa: soduko, palavras cruzadas, lembrar do nome dos amiguinhos da quinta série, abrir um livro. Estudos científicos sugerem que até mesmo dois minutinhos de distração podem reduzir os pensamentos negativos obsessivos.
  3. Monitore e proteja sua auto-estima. Na hora que você for começar a se colocar para baixo, tire um momento para ter compaixão por si mesma. A auto-estima é um tipo de sistema imunológico que nos protege de muitas dores emocionais e fortalece a resiliência. É importante estar de olho na auto-estima e evitar ficar cavando o buraco mais para o fundo ainda, principalmente quando a gente já está meio de “asinha quebrada”, quando o coração já está doendo. Um exercício mental bacana para aqueles momentos de super auto-crítica é pensar em um amigo muito querido e imaginá-lo passando exatamente pelo que você está passando agora. Escreva uma carta para o seu amigo expressando compaixão e apoio, você verá que muitas das mensagens contidas na carta servem para você mesma!
  4. Redirecione suas reações pós-derrota. É muito comum depois de amargar um fracasso focar no que não deu certo, no que não podemos em vez do que nós podemos. Faz parte da natureza das feridas emocionais, uma dor chama a outra e se você não cortar o círculo vicioso não vai conseguir se reestabelecer para agir na sua melhor forma. Ficar dando corda para se sentir inútil e desmoralizado, só vai gerar mais derrota ainda. Experimente enumerar os fatores que você pode controlar na sua próxima tentativa. Pense em planejamento e preparação, por exemplo, em como você pode melhorar as coisas para você ter êxito no que deseja. Esse tipo de exercício mental irá reduzir a sensação de impotência e melhorar as chances no futuro.
  5. Encontre significado nas perdas. Perdas, derrotas, insucesso – isso tudo faz parte da vida, e dói mesmo. O que não deve acontecer é deixar de tratar as feridas abertas. Se você achar que está demorando muito a dor cessar, experimente buscar um sentido na perda e tirar coisas boas do que aconteceu. Claro que nem sempre é fácil, mas leve em consideração que sua experiência pode ajudar você próprio e até outras pessoas a adquirirem uma nova perspectiva da vida. Pense nas mudanças que você pode fazer para alinhar sua vida com seus valores e objetivos.
  6. Não fique se culpando obsessivamente. Culpa pode ser uma coisa legal, nos alerta que precisamos mudar alguma coisa em um relacionamento. Mas culpa exessiva pode ser tóxica: faz a gente gastar muito energia emocional e intelectual, nos distrai das nossas tarefas e ainda nos impede a curtir a vida numa boa. Pisou na bola com alguém? Peça desculpas, mas atenção há maneiras e maneiras de se pedir desculpas. O ingrediente fundamental de um pedido de desculpas efetivo é a empatia.  Em outras palavras, ao pedir desculpas você deve focar menos em explicar porque você fez o que você fez, e mais em como suas ações impactaram a outra pessoa. É muito mais fácil perdoar alguém quando temos a sensação de que o outro realmente entende como nos sentimos. Quer se livrar da culpa: peça desculpas, mesmo que seja necessário fazê-lo mais uma vez, se você sentir que foi perdoado mesmo de coração será mais fácil dissolver esse sentimento ruim no seu peito.
  7. Aprenda o que funciona para você quando você está emocionalmente ferido. Preste atenção em si mesmo e entenda, como você, pessoalmente, lida com feridas emocionais comuns. Você se fecha? Você tem um ataque de fúria, mas se recupera rápido? Renega seus sentimentos? Não deixe de se observar nestes momentos e compreender o que funciona para você. É basicamente a mesma coisa de saber que dentre uma série de analgésicos disponíveis na farmácia, existe um que funciona melhor para você na hora de uma dor de cabeça. O mesmo raciocínio serve na hora de fortalecer sua resiliência emocional. Tente diversas maneiras e descubra ao que você reage melhor. Mas acima de tudo, desenvolva o hábito de tomar nota do seu estado emocional regularmente – principalmente depois de passar por situações estressantes, dolorosas ou difíceis.
Sim, fazer toda essa higiene emocional leva tempo e dá trabalho, mas irá de verdade melhorar sua qualidade de vida.

(via TSMM)

http://pt.aleteia.org/2016/04/01/7-maneiras-de-prestar-primeiros-socorros-emocionais/

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