Aquilo que você come – ou deixa de comer – pode se tornar um caso médico. Hábitos alimentares são considerados doentios quando interferem na saúde física e mental, deteriorando até as relações pessoais e profissionais da pessoa.
As causas desses distúrbios são muitas: vão da predisposição genética ao esforço para se adequar a padrões estéticos estabelecidos por figuras famosas. Por envolver fatores tão variados, a própria definição de transtorno alimentar é objeto de discussão: os únicos que recebem essa classificação da Organização Mundial da Saúde são a anorexia e a bulimia.
Descritas desde o antigo Egito, essas doenças se tornaram muito mais comuns nas últimas décadas – fala-se inclusive em uma epidemia, gerada pelo culto ao corpo perfeito. Exageros à parte, essas síndromes afetam hoje cerca de 1% da população mundial, sobretudo mulheres adolescentes e jovens.
Apesar de terem em comum a preocupação com o corpo, existem diferenças fundamentais entre os dois distúrbios. “Meninas com anorexia têm uma grave distorção de sua auto-imagem, enxergando-se sempre muito mais gordas do que são”, diz o psiquiatra Fábio Salzano, do Hospital das Clínicas de São Paulo. Na busca por emagrecer cada dia mais, elas simplesmente param de comer e viram esqueletos humanos. Para ser considerada anoréxica, é preciso ter um peso muito abaixo do estabelecido como saudável.
Já a distorção de imagem de uma bulímica é bem mais sutil. Elas não querem engordar, mas adoram comer. Têm ataques compulsivos seguidos de muita culpa, que procuram aliviar provocando vômito ou tomando laxantes e diuréticos. “As meninas bulímicas têm, necessariamente, peso normal ou acima do normal”, diz Alexandre Azevedo, também do HC paulistano.
Mas o universo dos desvios de comportamento envolvendo comida ultrapassa a bulimia e a anorexia. O cardápio de problemas vai da incapacidade de perceber quando o estômago está cheio até a fixação por alimentos exóticos. Os tratamentos variam de acordo com a doença, mas podem incluir remédios, psicoterapia e reeducação alimentar.
Aquilo que você come – ou deixa de comer – pode se tornar um caso médico. Hábitos alimentares são considerados doentios quando interferem na saúde física e mental, deteriorando até as relações pessoais e profissionais da pessoa.
As causas desses distúrbios são muitas: vão da predisposição genética ao esforço para se adequar a padrões estéticos estabelecidos por figuras famosas. Por envolver fatores tão variados, a própria definição de transtorno alimentar é objeto de discussão: os únicos que recebem essa classificação da Organização Mundial da Saúde são a anorexia e a bulimia.
Descritas desde o antigo Egito, essas doenças se tornaram muito mais comuns nas últimas décadas – fala-se inclusive em uma epidemia, gerada pelo culto ao corpo perfeito. Exageros à parte, essas síndromes afetam hoje cerca de 1% da população mundial, sobretudo mulheres adolescentes e jovens.
Apesar de terem em comum a preocupação com o corpo, existem diferenças fundamentais entre os dois distúrbios. “Meninas com anorexia têm uma grave distorção de sua auto-imagem, enxergando-se sempre muito mais gordas do que são”, diz o psiquiatra Fábio Salzano, do Hospital das Clínicas de São Paulo. Na busca por emagrecer cada dia mais, elas simplesmente param de comer e viram esqueletos humanos. Para ser considerada anoréxica, é preciso ter um peso muito abaixo do estabelecido como saudável.
Já a distorção de imagem de uma bulímica é bem mais sutil. Elas não querem engordar, mas adoram comer. Têm ataques compulsivos seguidos de muita culpa, que procuram aliviar provocando vômito ou tomando laxantes e diuréticos. “As meninas bulímicas têm, necessariamente, peso normal ou acima do normal”, diz Alexandre Azevedo, também do HC paulistano.
Mas o universo dos desvios de comportamento envolvendo comida ultrapassa a bulimia e a anorexia. O cardápio de problemas vai da incapacidade de perceber quando o estômago está cheio até a fixação por alimentos exóticos. Os tratamentos variam de acordo com a doença, mas podem incluir remédios, psicoterapia e reeducação alimentar.
Menu indigesto
Problemas com o prato incluem até tijolo no jantar
Ortorexia
Os ortoréxicos têm verdadeira fixação por uma alimentação saudável, sem químicas, agrotóxicos nem aditivos. Eles são obsessivos pela escolha e preparo dos alimentos e tentam impor essa vida natureba a quem estiver por perto. O problema pode estar relacionado a transtornos obsessivos-compulsivos ou sinalizar um início de anorexia.
Distúrbio alimentar relacionado ao sono (DARS)
Quem sofre desse mal levanta no meio da noite para atacar a geladeira e acorda no dia seguinte sem se lembrar de quase nada do que se passou durante a madrugada. Essas pessoas, que comem normalmente durante o dia, são, muitas vezes, sonâmbulas. Cerca de 5% da população pode apresentar o problema, sendo a maioria mulheres.
Síndrome de Prader-Willi
A doença, que afeta 1 em cada 10 mil crianças. é associada a retardo mental. A criança apresenta um apetite insaciável e uma necessidade de comer constantemente alimentos de alto valor calórico. De origem genética, está diretamente relacionada à obesidade precoce. As complicações decorrentes do excesso de peso podem levar à morte.
Síndrome do gourmet
O portador dessa síndrome se preocupa em comer de forma fina e sofisticada, e isso inclui a compra, a preparação, a apresentação e o consumo de pratos elaborados ou exóticos. Muito rara – tem apenas 34 casos descritos – essa doença parece estar relacionada a lesões cerebrais. Já foi descrita em dois artigos publicados na literatura médica.
Pica
Caracterizada pela ingestão regular de substâncias pouco apetitosas, como cabelo, barro, argila, flores, sabonete, giz, cola ou qualquer outra coisa não comestível, a doença atinge principalmente crianças e adolescentes – sua freqüência diminui com a idade e aumenta em crianças com transtornos psicóticos como o autismo. A causa pode estar relacionada a fatores culturais, familiares e a carências nutricionais.
Ortorexia
Os ortoréxicos têm verdadeira fixação por uma alimentação saudável, sem químicas, agrotóxicos nem aditivos. Eles são obsessivos pela escolha e preparo dos alimentos e tentam impor essa vida natureba a quem estiver por perto. O problema pode estar relacionado a transtornos obsessivos-compulsivos ou sinalizar um início de anorexia.
Distúrbio alimentar relacionado ao sono (DARS)
Quem sofre desse mal levanta no meio da noite para atacar a geladeira e acorda no dia seguinte sem se lembrar de quase nada do que se passou durante a madrugada. Essas pessoas, que comem normalmente durante o dia, são, muitas vezes, sonâmbulas. Cerca de 5% da população pode apresentar o problema, sendo a maioria mulheres.
Síndrome de Prader-Willi
A doença, que afeta 1 em cada 10 mil crianças. é associada a retardo mental. A criança apresenta um apetite insaciável e uma necessidade de comer constantemente alimentos de alto valor calórico. De origem genética, está diretamente relacionada à obesidade precoce. As complicações decorrentes do excesso de peso podem levar à morte.
Síndrome do gourmet
O portador dessa síndrome se preocupa em comer de forma fina e sofisticada, e isso inclui a compra, a preparação, a apresentação e o consumo de pratos elaborados ou exóticos. Muito rara – tem apenas 34 casos descritos – essa doença parece estar relacionada a lesões cerebrais. Já foi descrita em dois artigos publicados na literatura médica.
Pica
Caracterizada pela ingestão regular de substâncias pouco apetitosas, como cabelo, barro, argila, flores, sabonete, giz, cola ou qualquer outra coisa não comestível, a doença atinge principalmente crianças e adolescentes – sua freqüência diminui com a idade e aumenta em crianças com transtornos psicóticos como o autismo. A causa pode estar relacionada a fatores culturais, familiares e a carências nutricionais.