Somos os mesmos tanto na vida real como somos nas redes sociais? A quem estamos enganando? Como fazer das redes sociais recursos úteis para nós?
Um dos maiores avanços tecnológicos da atualidade, que são as redes sociais, também é um dos maiores perigos que enfrentamos!
Não me refiro aqui aos crimes de injúria e difamação, nem pedofilia, que são crimes previstos em lei e que podem levar os que fazem essas coisas para a cadeia.
Aqui neste artigo me refiro a algo bem mais difícil de detectar, muito mais sutil e insidioso. E isso não é crime contra lei, mas um crime contra a verdade: hipocrisia virtual.
Como podemos ser “hipócritas virtuais”? Simplesmente aparentando nas redes sociais aquilo que não somos: cursos que não fizemos, qualidades que (ainda) não temos, mostrar as viagens (que não fizemos), mostrar que nossas famílias são as melhores do mundo (quando sabemos os desafios terríveis que toda família enfrenta!) etc.
Será que o filósofo brasileiro Luiz Felipe Pondé tem razão, quando diz que: “Sem hipocrisia não há civilização, e isso é a prova de que somos desgraçados: precisamos da falta de caráter como cimento da vida coletiva.”?
Com todo o respeito pelo filósofo Pondé, prefiro acreditar que não. Que podemos, com esforço e determinação, um dia, ter uma sociedade “cimentada” sem hipocrisia, na vida real e na virtual.
Não será fácil conseguir isso. Não é fácil colocar uma foto no nosso perfil, que não tenha sido escolhida entre dezenas e dezenas de fotos que “não ficaram boas”… E nem é fácil sermos sinceros sem ofender os internautas, preferindo muitas vezes bajular e sermos hipócritas.
Outra coisa a lembrar é que rede social não é lugar de “lavar roupa suja” e nem para se lamentar de suas intermináveis vicissitudes na vida. Todos temos desafios enormes em nossas vidas, mas podemos usar as redes sociais para nos “socializarmos” positivamente, trocarmos pensamentos positivos, divulgar alguma coisa importante (desde que chequemos as fontes antes).
E, claro, podemos também nos divertir – sem deixar que as redes sociais se tornem verdadeiras redes que nos prendam, nos afastem da vida real, e se tornem um vício. Todo vício é nocivo.
Que saibamos utilizar sempre as redes sociais com sabedoria, e elas serão sempre uma alegria e de muita utilidade para todos nós.
(Via Catholicus)
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