terça-feira, 24 de março de 2015

Tenho um filho homossexual. O que faço?


Existem passos a serem dados quando se toma consciência da homossexualidade de um filho
O que fazer quando se descobre que um filho é homossexual é algo relativo a cada situação, que é sempre única. Por isso não é fácil falar disso como se fosse uma receita de bolo. Não é receita de culinária. O que vamos apresentar nesse artigo é apenas uma reflexão que poderá iluminar um pouco quem está com esta realidade em casa. Também é muito difícil dizer sobre esse assunto sem o embasamento teórico acoplado, para podermos compreender o que é a homossexualidade, como se desenvolve numa pessoa, em que época, e quais as causas. Por isso sugiro a leitura de artigos que foram publicados pela própria canção Nova com o titulo “A Homossexualdiade e a família” e “O processo de Socialização Primária”, de minha autoria. Mesmo com estas observações, vamos então tentar algo prático.
tenho um filho homossexual, o que faço
Vamos por passos:
Primeiro passo: precisamos partir para o diálogo claro, objetivo, acolhedor e compreensivo sobre esse aspecto do (a) jovem ou adolescente. Sem diálogo franco tudo fica mais difícil. Se o filho (a) tem dificuldades em falar abertamente sobre isso, nós pais e mães, precisamos aos poucos ir tentando derrubar as barreiras que estão impedindo a franqueza, a abertura e a liberdade da filha (o) para que haja esse diálogo.
Segundo passo: No diálogo, que não será só uma vez ou outra, mas muitas vezes, vamos então, tentar detectar se esta (e) jovem é realmente homossexual, ou seja, a sua homossexualidade é estruturada por processos de identificação com pessoas do sexo oposto, sendo assim, se apaixonando e se envolvendo verdadeiramente com pessoas do mesmo sexo, ou é apenas uma pseudo-homossexualidade (falsa homossexualidade), muito comum nos dias de hoje. Nesse caso trata-se de uma homossexualidade não verdadeira, mas devido às influências culturais da escola, dos colegas, das modas, das mídias, e assim ser uma forma do (a) adolescente ou jovem mostrar “revolta” típica destas idades contra os pais. Se antes essas manifestações contra autoridade no adolescente era o uso de maconha, ou ser comunista, hoje pode ser a homossexualidade uma delas.
Também é bom saber que, exceto em caso de hermafroditismos que deverão ter acompanhamento de um especialista sério, a homossexualidade nada tem a ver com hormônios ou gens. Existem rapazes com excesso de hormônios femininos que não são homossexuais como já havia constatado Freud em sua época. O mesmo pode se falar das meninas. O excesso de hormônios masculinos não vai torná-la homossexual. O que confunde muito é que muitos homossexuais, tanto meninos ou meninas, começam a tomar hormônios. Por isso a tendência é inverter o processo de causa e efeito.
Terceiro passo: após checar se é uma homossexualidade real ou uma pseudo-homossexualidade, poderemos então, falar de atitudes concretas. Agora vem a questão-chave: o (a) jovem ou adolescente homossexual deseja mudar essa condição? Certamente NÃO. Isso deve ser esclarecido no diálogo. É claro que se for uma homossexualidade real a pessoa não vai mesmo desejar mudar, pois se uma pessoa heterossexual desejar ser gay, ela conseguirá? NÃO. A mesma situação da pessoa heterossexual que se apaixona e sente atração física por pessoas do sexo oposto, ocorre com a pessoa homossexual com pessoas do mesmo sexo. Nesses casos não adianta acreditar em mudança. Embora todos são livres, e a pessoa homossexual é livre para querer mudar de opção sexual1, normalmente uma mudança verdadeira e profunda é muito rara.
Quarto passo: Supomos que a pessoa não aceite mudar de opção e não queira isso, que é o mais comum, então agora a questão é com os pais: 1- Separar a homossexualidade (que para nós pode ser algo muito complicado de aceitar), da pessoa do filho (a), pois acolher o filho (a) não precisa querer dizer acolher a homossexualidade; 2- Explicar isso á filha (o) homossexual; 3- Ter uma atitude de compreensão, acolhimento, afeto, e pensar como Cristo agiria, como Ele se comportaria, o que Ele faria! O que Cristo diria para esta pessoa? O que o Espírito santo poderia nos ensinar com isso, o que Ele poderia colocar em nossa mente para dizermos ao nosso filho ou filha com esta cruz para carregar, pois para ele (a) também será uma cruz, e nada leve.
Quinto passo: Chegou a hora de dizer a esse filho ou filha o que Cristo talvez, em nosso lugar diria:
– meu filha ou minha filha, você é muito mais do que homossexual, a homossexualidade assim como a heterossexualidade não precisa moldar suas atitudes perante o mundo, perante a vida, perante o outro.
Os pais poderão cuidar da conduta desse filho ou filha e mostrar que a boa conduta, o bom caráter, a veracidade na fala, nos comportamentos, os valores e princípios de uma pessoa de boa vontade é que fazem a vida da pessoa e não um aspecto da sexualidade. Devemos mostrar a essa (e) jovem ou adolescente que a sexualidade pode ser discreta como é a sexualidade de uma pessoa heterossexual. Por que a necessidade de chocar? Para que a necessidade de ir contra regras, contra o povo, contra instituições? Isso só irá trazer mais danos para esta pessoa. Ser homossexual não precisa ser “perseguido”. Caso os pais não tenha condição de trabalhar essas questões com o próprio filho (a), então talvez seria interessante encaminhar a um terapeuta sério para que esta pessoa possa, também saber lidar com sua condição, pois muitos não sabem e acabam por cavar a própria cova com comportamentos persecutórios.

E por fim, dizer a este (a) filho (a) que ele(a) não precisa se afastar de Deus, de Jesus, da Igreja, pois Deus irá trabalhá-lo (a) se ele ou ela deixar, como dizia santo Inácio de Loyola: “Um tronco de árvore grosso e disforme nunca sonharia poder transformar-se
em obra de arte, e por isso nunca se submeteria ao escopro e ao martelo do
escultor, capaz de ver nele o que dele pode ser feito (Santo Inácio). Que Deus possa trabalhar a todos nós.
1 – Digo isso de forma livre, porque o autor Otto Kernberg, um dos psicanalistas mais conceituados nesse tema, disse em um de seus livros que ele já atendeu uma pessoa que mudou sua opção sexual. Ou seja, não podemos dizer que isso não seja possível. 

*Esse conteúdo é dedicado às pessoas que seguem a Doutrina Católica que diz que a “tendência homossexual não é pecado”, mas que a PRÁTICA DOS ATOS SEXUAIS é pecado grave (cf. Catecismo da Igreja Católica §2357).
Autora: Arlene Denise Bacarji
Possui graduação em filosofia pela Universidade Católica Dom Bosco (1991), mestrado em Sociologia pela Universidade Federal do Paraná (2000), mestrado em Teologia pela PUC (RS) e doutorado em Teologia sistemático-pastoral pela PUC-Rio. Foi professora e coordenadora adjunta da Faculdade Palotina de Santa Maria (RS) no curso de Teologia. Atualmente, é coordenadora do Curso de Teologia da Faculdade Canção Nova em Cachoeira Paulista (SP).

http://formacao.cancaonova.com/afetividade-e-sexualidade/homossexualidade/tenho-um-filho-homossexual-o-que-faco/

quarta-feira, 11 de março de 2015

Incesto: quais são os riscos e o que a Igreja diz sobre isso?

Conforme o Dicionário Michaellis, “incesto é a união sexual ilícita entre parentes (consanguíneos ou afins)”
O incesto é a relação sexual entre parentes próximos, considerado um tabu em quase todas as culturas. Em alguns países, ele é punido como crime, legalmente proibido e considerado pecado pelas maiores religiões do mundo. São consideradas incestuosas, geralmente, as relações entre pais e filhos, entre irmão ou meio-irmãos, entre tios e sobrinhos. Já na definição, o autor afirma que é uma união ilícita.
Incesto
A definição jurídica do incesto vem do latim incestu (impuro, impudico) e é definido como a conjunção carnal entre parentes por consanguinidade ou afinidade, que se acham, em grau, interditados ou proibidos, para as justas núpcias (Artigo 183, do Código Civil). Portanto, o incesto, se ambos são maiores e nenhum está sob ameaça ou violência, não é punido pela lei brasileira. Porém, do ponto de vista jurídico, é proibido a união civil de um casal incestuoso. O Estado proíbe a união sexual de pais e filhos para evitar riscos de doenças genéticas além dos problemas de hereditariedade.
Conforme a Bíblia, no começo da humanidade, existiam uniões entre parentes próximos, ou seja, Deus permitia o incesto, mas depois isso foi proibido.
Para o povo de Israel, a descendência era sinal de bênção divina e também sobrevivência e preservação do clã, por isso, em muitas situações, a união entre parentes próximos não eram condenadas. Para garantir a vida do clã e a multiplicação dos seus membros, era permitido o casamento entre irmãos, mais tarde entre primos e assim consecutivamente.
Temos como exemplo o caso das filhas de Ló, que tiveram filhos do próprio pai. Ló cometeu incesto com suas duas filhas, do qual resultaram as nações de Moabe e Amom. Por outro lado, o incesto é fortemente denunciado em muitas passagens bíblicas. Em Levítico 18,6: “Não descobrirás a nudez da mulher de teu irmão; é a nudez de teu irmão”. De fato, o Senhor declarou: “Maldito aquele que se deitar com sua irmã, filha de seu pai, ou filha de sua mãe” (Dt 27,22).
A Igreja Católica em seu ensinamento afirma: “O incesto designa relações íntimas entre parentes ou pessoas afins, em grau que proíba entre eles o casamento. São Paulo estigmatiza essa falta particularmente grave: “É geral ouvir-se falar de mau comportamento entre vós. Um dentre vós vive com a mulher de seu pai. É preciso que, em nome Senhor Jesus, entreguemos tal homem a satanás para a perda de sua carne” (cf. 1Cor 5,1.3-5). O incesto corrompe as relações familiares e indica como que uma regressão à animalidade” (Catecismo da Igreja Católica, 2388).
No Código de Direito Canônico, número 1091, trata do “Impedimento de Consanguinidade” –na linha reta de consanguinidade é nulo o matrimônio entre todos os ascendentes e descendentes, tanto legítimos como naturais. Na linha colateral, a nulidade matrimonial se estende até o quarto grau inclusive. Por consanguinidade, entende-se a relação existente entre um grupo de pessoas que procedem, por geração, de um tronco comum. Após a mudança na contagem dos graus na linha colateral, de acordo com o Código de Direito Canônico, “ficam proibidos os casamentos entre colaterais até primos-irmãos (antes, até primos em segundo grau), e entre tio(a), avô(avó), sobrinho(a) e neto(a)”.

Padre Mário Marcelo Coelho


Mestre em zootecnia pela Universidade Federal de Lavras (MG),

padre Mário é também licenciado em Filosofia pela Fundação Educacional de

Brusque (SC) e bacharel em Teologia pela PUC-RJ. Mestre em Teologia Prática

pelo Centro Universitário Assunção ( SP), o sacerdote é autor e assessor na

área de Bioética e Teologia Moral; além de professor da Faculdade Dehoniana

em Taubaté


(SP).http://formacao.cancaonova.com/igreja/catequese/incesto-quais-sao-os-riscos-e-o-que-a-igreja-diz-sobre-isso/

Tenho um filho homossexual. O que faço?

Existem passos a serem dados quando se toma consciência da homossexualidade de um filho
O que fazer, quando se descobre que um filho é homossexual, é algo relativo a cada situação, que é sempre única. Por isso, não é fácil falar disso como se fosse uma receita de bolo. O que vamos apresentar, neste artigo, é apenas uma reflexão que poderá iluminar um pouco quem está com essa realidade em casa. Também é muito difícil falar sobre esse assunto sem o embasamento teórico acoplado, para podermos compreender o que é a homossexualidade, como ela se desenvolve numa pessoa, em que época e quais as causas. Por isso, sugiro a leitura de artigos que foram publicados pela própria Canção Nova com o título “A homossexualidade e a família” e “O processo de socialização primária”, ambos de minha autoria. Mesmo com essas observações, vamos então tentar algo prático.
tenho um filho homossexual, o que faço
Primeiro passo: Precisamos partir para o diálogo claro, objetivo, acolhedor e compreensivo sobre esse aspecto do  jovem ou adolescente, pois sem um diálogo franco com ele, tudo fica mais difícil. Se o filho tem dificuldades em falar abertamente sobre isso, pais e mães precisam, aos poucos, derrubar as barreiras que estão impedindo a franqueza e a liberdade da (o) filha (o) para que haja diálogo.
Segundo passo: No diálogo, que não acontecerá só uma vez ou outra, mas muitas vezes, vamos então, tentar detectar se este jovem é realmente homossexualou seja, a sua homossexualidade é estruturada por processos de identificação com pessoas do sexo oposto. Um exemplo: o homem, por exemplo, que se identifica como mulher, pensa que é mulher e, por isso, acaba interessando-se por outro homem;  sendo assim, apaixonando-se e se envolvendo verdadeiramente com pessoas do mesmo sexo. Ou é apenas uma pseudo-homossexualidade (falsa homossexualidade) muito comum nos dias de hoje. 
Nesse caso, trata-se de uma homossexualidade não verdadeira, mas devido às influências culturais da escola, dos colegas, da moda e das mídias; assim, é, na verdade, uma forma de o adolescente ou jovem mostrar “revolta” típica, nessa idade, contra os pais.   Se antes essas manifestações do adolescente contra a autoridade paterna se davam com o uso de maconha ou o fato de ser comunista, hoje pode ser a homossexualidade uma delas.
Também é bom saber que, exceto em caso de hermafroditismos, que deverão ter acompanhamento de um especialista sério, a homossexualidade nada tem a ver com hormônios ou gens. Existem rapazes com excesso de hormônios femininos que não são homossexuais como já havia constatado Freud em sua época. O mesmo pode se falar das meninas; o excesso de hormônios masculinos não vai torná-las homossexuais. O que nos confunde muito é que alguns homossexuais, tanto meninos quanto meninas, começam a tomar hormônios. Por isso a tendência é inverter o processo de causa e efeito.
Terceiro passo: após checar se é uma homossexualidade real ou uma pseudo-homossexualidade, poderemos, então, falar de atitudes concretas. Agora, vem a questão-chave: o jovem ou adolescente homossexual deseja mudar essa condição? Certamente não. Isso deve ser esclarecido no diálogo. É claro que se for uma homossexualidade real, a pessoa não vai mesmo desejar mudar, pois se uma pessoa heterossexual desejar ser gay, ela conseguirá? Não. A mesma situação da pessoa heterossexual, que se apaixona e sente atração física por pessoas do sexo oposto, ocorre com a pessoa homossexual com pessoas do mesmo sexo. Embora todos sejam livres, e a pessoa homossexual é livre para querer mudar de opção sexual, normalmente uma mudança verdadeira e profunda é muito rara.
Quarto passo: Suponhamos que a pessoa não aceite mudar de opção, que é o mais comum, então agora a questão é com os pais:
1- Separar a homossexualidade (que para nós pode ser algo muito complicado de aceitar) do filho (a), pois acolher o filho (a) não precisa querer dizer acolher a homossexualidade;
2- Explicar isso à filha (o) homossexual;
3- Ter uma atitude de compreensão, acolhimento e afeto, e pensar como Cristo agiria, como Ele se comportaria, o que Ele faria! O que Cristo diria para essa pessoa? O que o Espírito Santo poderia nos ensinar com isso? O que Ele poderia colocar em nossa mente para dizermos ao nosso filho ou filha com essa cruz para carregar, pois para ele (a) também será uma cruz, e nada leve.
Quinto passo: Chegou a hora de dizer a esse filho ou filha o que Cristo, talvez, em nosso lugar, diria:
– Meu filha ou minha filha, você é muito mais do que homossexual! A homossexualidade assim como a heterossexualidade não precisa moldar suas atitudes perante o mundo, perante a vida e o outro.
Os pais poderão cuidar da conduta desse filho ou filha e mostrar que a boa conduta, o bom caráter, a veracidade na fala, os comportamentos, os valores e os princípios de uma pessoa de boa vontade é que fazem a vida da pessoa e não um aspecto da sexualidade. Devemos mostrar a essa (e) jovem ou adolescente que a sexualidade pode ser discreta como deve ser a sexualidade de uma pessoa heterossexual. Por que a necessidade de chocar? Para que a necessidade de ir contra regras, contra o povo, contra instituições? Isso só irá trazer mais danos para esta pessoa. Ser homossexual não precisa ser “perseguido”. Caso os pais não tenham condições de trabalhar essas questões com o próprio filho, talvez seria interessante encaminhar a um terapeuta sério para que esta pessoa possa também saber lidar com sua condição, pois muitos não sabem e acabam por cavar a própria cova com comportamentos persecutórios.
E por fim, dizer a esse filho que ele não precisa se afastar de Deus, de Jesus, da Igreja, pois Deus irá trabalhá-lo se ele ou ela deixar, como dizia santo Inácio de Loyola: “Um tronco de árvore grosso e disforme nunca sonharia poder transformar-se em obra de arte, e por isso nunca se submeteria ao escopro e ao martelo do escultor, capaz de ver nele o que dele pode ser feito”. Que Deus possa trabalhar em todos nós.
1 – Digo isso de forma livre, porque o autor Otto Kernberg, um dos psicanalistas mais conceituados nesse tema, disse em um de seus livros que ele já atendeu uma pessoa que mudou sua opção sexual. Ou seja, não podemos dizer que isso não seja possível. 
*Esse conteúdo é dedicado às pessoas que seguem a Doutrina Católica que diz que a “tendência homossexual não é pecado”, mas que a PRÁTICA DOS ATOS SEXUAIS é pecado grave (cf. Catecismo da Igreja Católica §2357).
Autora: Arlene Denise Bacarji
Possui graduação em filosofia pela Universidade Católica Dom Bosco (1991), mestrado em Sociologia pela Universidade Federal do Paraná (2000), mestrado em Teologia pela PUC (RS) e doutorado em Teologia sistemático-pastoral pela PUC-Rio. Foi professora e coordenadora adjunta da Faculdade Palotina de Santa Maria (RS) no curso de Teologia. Atualmente, é coordenadora do Curso de Teologia da Faculdade Canção Nova em Cachoeira Paulista (SP).
http://formacao.cancaonova.com/afetividade-e-sexualidade/homossexualidade/tenho-um-filho-homossexual-o-que-faco/

sábado, 7 de março de 2015

5 livros para criar pequenos prodígios

A VERDADEIRA MÁGICA


<p>Escrito pelo engenheiro e empresário Valter Pieracciani, o livro conta com uma série de ilustrações e uma brincadeira e um guia prático para pais e educadores no final. O tema abordado é a capacidade de inovar – o autor a chama de “a mágica da inovação”. O exemplar tem como objetivo preservar as características inovadoras das crianças, habilidade que será muito útil no futuro dos pequenos leitores, já que é algo sempre buscado pelas empresas. O ato de inovar está presente naturalmente nos pequenos. Com o tempo, conforme a interação social aumenta, grande parte desse atributo diminui. Observando os infantes, os adultos são capazes de retomar essa qualidade. “Ao dialogar com pais e professores, nosso desejo é criar uma imensa rede de estímulo à inovação para tornar o país inovador e preparado para o futuro”, conta Pieracciani. A Verdadeira Mágica ensina também a criança a questionar problemas e encontrar as soluções dos mesmos. <strong>Serviço:</strong> Editora Canal Certo, 36 páginas, R$ 69,90, e-book grátis</p>

Escrito pelo engenheiro e empresário Valter Pieracciani, o livro conta com uma série de ilustrações e uma brincadeira e um guia prático para pais e educadores no final. O tema abordado é a capacidade de inovar – o autor a chama de “a mágica da inovação”. O exemplar tem como objetivo preservar as características inovadoras das crianças, habilidade que será muito útil no futuro dos pequenos leitores, já que é algo sempre buscado pelas empresas. O ato de inovar está presente naturalmente nos pequenos. Com o tempo, conforme a interação social aumenta, grande parte desse atributo diminui. Observando os infantes, os adultos são capazes de retomar essa qualidade. “Ao dialogar com pais e professores, nosso desejo é criar uma imensa rede de estímulo à inovação para tornar o país inovador e preparado para o futuro”, conta Pieracciani. A Verdadeira Mágica ensina também a criança a questionar problemas e encontrar as soluções dos mesmos. 
Serviço: Editora Canal Certo, 36 páginas, R$ 69,90, e-book grátis

JOÃO FELIZARDO – O REI DOS NEGÓCIOS

<p>Com leitura simples e imagens caprichadas, o livro da mineira Angela Lago mostra para as crianças que o importante é valorizar as pequenas coisas da vida. A obra questiona os valores atribuídos aos objetos, relativizando as relações de perda e ganho. O personagem – uma criança –, João Felizardo, percebe que a riqueza está justamente nas coisas breves e simples e que pode ser feliz com pouco. O livro aborda a oposição entre aparência e essência, a verdadeira importância das coisas e o consumismo infantil, assunto bastante abordado atualmente. Felizardo enriquece em muitos aspectos ao se desprender de seus bens, além de aprender a lidar com a arte de negociar. <strong>Serviço:</strong> Editora Pritchett do Brasil, 32 páginas, R$ 47</p>

Com leitura simples e imagens caprichadas, o livro da mineira Angela Lago mostra para as crianças que o importante é valorizar as pequenas coisas da vida. A obra questiona os valores atribuídos aos objetos, relativizando as relações de perda e ganho. O personagem – uma criança –, João Felizardo, percebe que a riqueza está justamente nas coisas breves e simples e que pode ser feliz com pouco. O livro aborda a oposição entre aparência e essência, a verdadeira importância das coisas e o consumismo infantil, assunto bastante abordado atualmente. Felizardo enriquece em muitos aspectos ao se desprender de seus bens, além de aprender a lidar com a arte de negociar.


 Serviço: Editora Pritchett do Brasil, 32 páginas, R$ 47

O SENHOR EMPREENDEDORISMO

<p>Narciso Moreira, escritor português, apresenta em seu livro, de forma divertida, alguns argumentos para que as crianças desenvolvam competências empreendedoras. Questões associadas ao empreendedorismo são abordadas simplificadamente, por meio de uma série de figuras, combinadas com conversas de fácil entendimento. Moreira explica o conceito do empreendedorismo e aborda as competências associadas a ele. Em um diálogo, estimula a criança a adivinhar o nome do Senhor Empreendedorismo, por uma série de dicas: pessoa capaz de sonhar, imaginar e que, depois, consegue realizar o que imaginou; alguém que faz acontecer; indivíduo com muitas ideias e que consegue concretizá-las. Nessa parte do livro e em muitas outras, o autor ensina, com uma linguagem leve e agradável, o significado do ato de empreender e as lições dessa eterna aventura. <strong>Serviço:</strong> Editora Betweien, 46 páginas, 4,49 euros na Apple Store, e-book grátis</p>


Narciso Moreira, escritor português, apresenta em seu livro, de forma divertida, alguns argumentos para que as crianças desenvolvam competências empreendedoras. Questões associadas ao empreendedorismo são abordadas simplificadamente, por meio de uma série de figuras, combinadas com conversas de fácil entendimento. Moreira explica o conceito do empreendedorismo e aborda as competências associadas a ele. Em um diálogo, estimula a criança a adivinhar o nome do Senhor Empreendedorismo, por uma série de dicas: pessoa capaz de sonhar, imaginar e que, depois, consegue realizar o que imaginou; alguém que faz acontecer; indivíduo com muitas ideias e que consegue concretizá-las. Nessa parte do livro e em muitas outras, o autor ensina, com uma linguagem leve e agradável, o significado do ato de empreender e as lições dessa eterna aventura. 
Serviço: Editora Betweien, 46 páginas, 4,49 euros na Apple Store, e-book grátis


CRIANÇAS FAMOSAS

<p>A série da editora Callis, com mais de 25 livros, existe desde 1992 e traz biografias de grandes nomes, como Bach, Villa-Lobos, Leonardo da Vinci, Santos Dumont, Chiquinha Gonzaga, Portinari, Jorge Amado e muitos outros. Você sabia que Da Vinci, quando pequeno, passava o dia inteiro seguindo uma pessoa para que, depois, conseguisse desenhar seu rosto perfeitamente? Esta coleção tem foco justamente na infância dos personagens e mostra aos leitores detalhes interessantes da personalidade e criação de cada um. Com linguagem leve e de fácil compreensão e ilustrações que complementam a história, os livros proporcionam uma leitura que, com certeza, trará inspiração para as crianças. Elas serão transportadas para a época de cada biografia e aprenderão mais sobre arte, música, literatura e ciência. <strong>Serviço:</strong> Editora Callis, 24 páginas, R$ 25</p>

A série da editora Callis, com mais de 25 livros, existe desde 1992 e traz biografias de grandes nomes, como Bach, Villa-Lobos, Leonardo da Vinci, Santos Dumont, Chiquinha Gonzaga, Portinari, Jorge Amado e muitos outros. Você sabia que Da Vinci, quando pequeno, passava o dia inteiro seguindo uma pessoa para que, depois, conseguisse desenhar seu rosto perfeitamente? Esta coleção tem foco justamente na infância dos personagens e mostra aos leitores detalhes interessantes da personalidade e criação de cada um. Com linguagem leve e de fácil compreensão e ilustrações que complementam a história, os livros proporcionam uma leitura que, com certeza, trará inspiração para as crianças. Elas serão transportadas para a época de cada biografia e aprenderão mais sobre arte, música, literatura e ciência. 
Serviço: Editora Callis, 24 páginas, R$ 25


QUEM MANDA AQUI?

<p>Como ensinar política para as crianças de forma clara e fácil? Os integrantes do Laboratório Hacker – espaço na Câmara dos Deputados destinado para a discussão de um novo modelo de democracia participativa – criaram um projeto para a produção do primeiro livro de uma série que explicará de maneira didática e divertida o que um presidente, um rei, um padre ou prefeito fazem. O objetivo é dar recursos para que os pequenos pensem sobre os diferentes modos de governar e questionem as coisas como são e como poderiam ser. Em mais imagens do que palavras, conceitos como monarquia, democracia, meritocracia e ditadura serão abordados. A concepção do livro foi possível por meio do Catarse, site para financiamento coletivo, e elaborado de maneira colaborativa – foram realizadas oficinas com crianças e seus pais para discutir sobre eleições, processos de decisão e formação de consenso. Os personagens, conceitos e ilustrações foram criados nos encontros, além de colagens, pinturas e desenhos que foram utilizados como referência para a equipe editorial produzir a obra. Em processo de finalização, os exemplares serão distribuídos no começo do ano que vem.<br>Laboratório Hacker, e-book grátis</p>

Como ensinar política para as crianças de forma clara e fácil? Os integrantes do Laboratório Hacker – espaço na Câmara dos Deputados destinado para a discussão de um novo modelo de democracia participativa – criaram um projeto para a produção do primeiro livro de uma série que explicará de maneira didática e divertida o que um presidente, um rei, um padre ou prefeito fazem. O objetivo é dar recursos para que os pequenos pensem sobre os diferentes modos de governar e questionem as coisas como são e como poderiam ser. Em mais imagens do que palavras, conceitos como monarquia, democracia, meritocracia e ditadura serão abordados. A concepção do livro foi possível por meio do Catarse, site para financiamento coletivo, e elaborado de maneira colaborativa – foram realizadas oficinas com crianças e seus pais para discutir sobre eleições, processos de decisão e formação de consenso. Os personagens, conceitos e ilustrações foram criados nos encontros, além de colagens, pinturas e desenhos que foram utilizados como referência para a equipe editorial produzir a obra. Em processo de finalização, os exemplares serão distribuídos no começo do ano que vem.
Laboratório Hacker, e-book grátis

http://www.msn.com/pt-br/noticias/educacao/5-livros-para-criar-pequenos-prod%C3%ADgios/ss-BBhQABn

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

O fim da infância



autor: Emílio Carlos

Publicado no Portal da Família em 04/08/2010

O fim da infância foi decretrado por aqueles que não são mais crianças. Por aqueles que se esqueceram de como é ver o mundo pelos olhos de uma criança. Por aqueles que só adoram um deus: o dinheiro.
A infância sofre uma erotização precoce e desnecessária cada vez maior através dos meios de comunicação: danças vulgares na TV, músicas com palavrões e letras chulas, material pornográfico exposto em bancas para quem quiser ver, para não falar da internet.
Dia desses entrei com meu filho para comprar gibis em uma banca de jornal. Os gibis estavam em meio a revistas de mulheres nuas…
A mídia ensina sexo às crianças da pior maneira possível: de forma preconceituosa, errada, precoce demais. E diz que isso é sinal dos tempos.
Aqueles que se esqueceram que foram crianças um dia dizem que “hoje em dia toda criança sabe o que é sexo”. Se enganam – as crianças não sabem.
Nas histórias de cada um de nós tudo teve o momento certo: engatinhar, andar, falar, ler, e assim por diante. O amor também tem um tempo certo. Só que a mídia põe o carro na frente dos bois, suprime o amor – e tudo que resta é a relação física entre homens e mulheres.
Os grandes poetas, os grandes compositores que tanto falaram de amor de repente estão errados? Falam de uma coisa que não existe? Deviam ter falado só de sexo?
Sexo é bom com a pessoa certa e na hora certa. E essa hora com toda certeza não é na infância. Quanto mais se erotiza a infância mais casos de pedofilia assistimos, mais meninas grávidas precocemente, mais DSTs dissiminadas, sem falar da AIDS.
Estamos beirando a Sodoma, sem moral (palavra que a mídia fez virar palavrão), sem censura (outra palavra que a mídia adora desgastar porque é contra seus interesses econômicos), sem valores familiares. Tudo é sexo e apenas sexo. Sexo vende – e amor não (acham erroneamente os adoradores do dinheiro).
Estamos deixando que dêem informações erradas e deformadas para nossos filhos. E nem percebemos mais isso. A mídia conseguiu nos insensibilizar para os roubos dos políticos, para a violência urbana e para o estupro da infância promovido pelos meios de comunicação – com tantas luzes, cores e sensação que até esquecemos… que é um estupro.
A consciência que a mídia formou em nós é: “hoje em dia toda criança já sabe dessas coisas”. E com esse argumento invadem a infância com coisas próprias dos mundos adolescente e adulto. Matam a infância e esticam a adolescência expandido seus limites. Se antes eu era criança até os 12, adolescente até os 17 e adulto a partir dos 18, vem a mídia e muda tudo: a adolescência vai dos 10 aos 22 anos – ou quando o sujeito terminar a faculdade. De repente a adolescência começa com 8, ou 7, ou 6 ou 3 anos…
As novelas mostram padrões de comportamento que não são os da maioria. Dizem que a arte imita a vida – mas vem a mídia e consegue o contrário: de tanto ver a “arte” a vida termina imitando-a (se é que posemos chamar o que vemos na programação de “arte”…).
Por outro lado o que vemos é a arte de acabar com a infância. A criança pode (e deve!) acreditar em papai Noel até o máximo que der. Isso dá lucro! Mas tem que saber na mais tenra idade tudo sobre o ato sexual, da maneira mais distorcida possível.
Como ninguém nasceu sabendo, e como muitos pais tem dificuldades em falar de sexo com seus filhos, quem está ensinando essas crianças senão a própria mídia – que depois nos diz que “hoje em dia toda criança já sabe dessas coisas…”?
O efeito disso é óbvio: o SUS gasta cada vez mais com a gravidez precoce das adolescentes. Governos não gostam de gastar.
Temos duas pontas do problema: a mídia e a criança. O óbvio seria conter a mídia. Mas não: vamos violentar ainda mais a infância.
Então não bastassem os meios de comunicação agora várias apostilas de escola abordam o tema sexo. Virou moda falar de sexo para crianças de 10 anos.
Não há uma educação sexual consistente, permanente, que prepare a criança aos poucos – de acordo com seu nível de maturidade. Não: é tudo abrupto e bruto. Num dia ela está estudando sobre os seres vivos e plantando sementinhas de feijão – no outro pênis e vaginas desfilam nas apostilas de quarta série (agora quinto ano) com explicações técnicas sobre reprodução. Assim: sem preparo nem nada.


Não bastasse isso ainda tem apostila que ensina às crianças de 10 anos: a partir do momento em que o menino ejacular e a menina menstruar eles já estarão prontos para a relação sexual. E ensina que só depende deles decidirem a hora certa para isso…
Hã? Como é que é? Só um adulto sabe – ou deveria saber – as implicações de uma gravidez, os riscos da AIDS e das DSTs. Não uma criança de 10 anos!
Puseram o carro na frente dos bois, comeram os bois e chutaram o carro. Cadê a explicação de “onde você veio”? A boa explicação de que primeiro vem o amor, depois a família e então a gravidez?
Fomos direto às conseqüências sem passar pela causa. Primeiro vem o amor, o romance, o relacionamento. Sexo vem depois.
Mas… a mídia vem nos catequizando com a libertinagem faz tempo a ponto de acharmos… normal. Com essa desculpa (“hoje em dia isso é normal”) ensina-se métodos contraceptivos pra quem não tem maturidade para entender nada disso – as crianças.
Será que você se lembra de quando você era criança? Quando soube a primeira coisa sobre sexo? Se lembra da sua reação? E quando soube como sua mãe engravidou? Qual foi sua reação?
Para muitos adolescentes isso foi traumático. Hoje apostilas resolveram traumatizar as crianças de 10 anos.
Isso não é mais educação sexual – é violência sexual contra a infância! Meu filho sofreu essa violência. Apesar do diálogo aberto que tenho com ele sobre educação sexual uma apostila passou por cima dele como um caminhão. Atropelado por uma apostila que mais parece apostila do ensino médio (detalhe: ele só tem 10 anos) ele ficou confuso e traumatizado com o assunto. Passou a ter um sono intranqüilo, cheio de pesadelos, a achar sexo uma coisa suja.
Fomos procurar livros sobre educação sexual para tentar remediar o problema. E daí mais escândalo: livros teoricamente feitos para crianças mostrando – em desenhos – uma cópula com corte transversal onde é possível ver o pênis do pai ejaculando dentro da vagina da mãe (“Foi assim que você nasceu”).
Quando você era criança tinha livros assim? Não, não é mesmo.
Virou moda – e um grande negócio – expor sexo para as crianças. A moça da loja me disse que naquele mês muitos pais estavam procurando livros de educação sexual para seus filhos. Exatamente o mês que a tal apostila violentou a infância das crianças com informações descabidas e distorcidas.
Os adultos estão insensíveis – o comércio percebeu isso. E daí todos lucram: mídia, comércio, etc – e só a infância perde.
Que tipos de governos permitem a erotização da programação em horários em que as crianças ainda estão acordadas? Que tipo de gente permite que no meio dos desenhos animados se passe comerciais de novelas com cenas de sexo? Que tipo de “pessoas” promovem as famosas “dancinhas” que se sucedem no vídeo vulgarizando o corpo, o sexo e violentando ainda mais a infância?
Onde estão as religiões? Qual igreja apóia esse tipo de absurdo?
Bem, a minha igreja não apóia. O Papa é contra a pílula e os meios contraceptivos – e a mídia bate feio nele por isso. Mas… que tristeza! Se o Papa soubesse que uma dessas apostilas é usada em uma escola paroquial debaixo dos olhos da igreja!?… Uma apostila que não fala de Deus, nem de amor, nem de casamento, nem de família – mas de sexo entre seres humanos como se fala de sexo dentre animais.
Qual será a atitude da Diocese? Essa é a pergunta que não quer calar. Porque – como pai – já tomei a minha atitude faz tempo. A TV jogou para os pais a responsabilidade de censurar o conteúdo que ela expõe – e eu joguei a antena de TV fora há três anos atrás. Mas não pense que meus filhos não vêem TV. Muito ao contrário: assistem desenhos na hora que querem, pois locamos dvds com todo cuidado de escolher o conteúdo.
Como pai dou educação religiosa e familiar aos meus filhos desde sempre. Minha esposa – que também é católica – faz o mesmo.
Como pai abri há tempos um canal de diálogo franco e progressivo com meu filho. Educo-o sexualmente de acordo com sua idade, maturidade, fase de vida.
Daí vem a apostila, fria, impressa, escrita sei-lá-por-quem, sem levar em conta as diferenças individuais (um crime contra a educação) e massacra meu filho com informações e desinformações de ensino médio.
Como pai eu fiz a minha parte: paguei um colégio católico para garantir educação de boa qualidade a meu filho, compatível com minha religião. E recebi tudo que a Igreja mais condena em troca.
Então como pai, professor e catequista eu pergunto: quem socorrerá nossas crianças? Quem protegerá a infância? Será que a minha Igreja tomará uma atitude em defesa das crianças?
PS – A propaganda do governo diz que “criança não trabalha – criança dá trabalho”. É verdade. E até parece que estão querendo proteger a infância. Se esqueceram que “criança não transa – criança brinca!”. Porque criança… é criança. É bom ser criança – uma fase dourada da vida que a mídia e essas apostilas estão jogando na lama.
Por isso: deixem nossas crianças em paz! Deixem as crianças serem crianças! Deixem que elas tenham infância como vocês tiveram! Protejam as crianças! Protejam a infância!
“Tudo que fizestes ao menor desses pequeninos foi à Mim que fizestes” – (Jesus Cristo)

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quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

A Ideologia de Gênero

Nem tudo que é cultural é errado, mas precisamos discernir o que é real e o que é loucura
Primeiramente, precisamos entender dois conceitos-chave para compreendermos o assunto a seguir. O primeiro é o que é “ideologia”. Essa palavra não significa um conjunto de ideias simplesmente como muitos pensam. Ideologia significa um conjunto de ideias falsas ou verdadeiras (podem conter as duas juntas), a serviço de interesses religiosos, políticos, econômicos e, hoje, também os interesses sexuais. O outro conceito que precisamos entender bem é o de sofisma. Um sofisma é uma ideia falsa que parece ser verdadeira, um argumento que transforma uma mentira em algo com aparência de verdade.
Ideologia de gênero
Com esses dois conceitos apreendidos, podemos esclarecer o tema abordado nesse artigo.
Ideologia de gênero é uma “ideologia” que atende a interesses políticos e sexuais de determinados grupos, que ensina, nas escolas, para crianças, adolescentes e adultos, que o gênero (o sexo da pessoa) é algo construído pela sociedade e pela cultura, as quais eles acusam de patriarcal, machista e preconceituosa. Ou seja, ninguém nasce homem ou mulher, mas pode escolher o que quer ser. Pois comportamentos e definições do ser homem ou mulher não são coisas dadas pela natureza e pela biologia, mas pela cultura e pela sociedade, segundo a ideologia de gênero.
Bem, vamos aqui fazer o discernimento necessário: existem verdades e mentiras nesses argumentos.
Primeiro vamos colocar as verdades:
Realmente, alguns comportamentos são culturais, por exemplo, as cores, alguns aspectos dos papéis masculino e feminino que não envolvem as questões biológicas obrigatoriamente, o machismo que colocou a mulher fora da sociedade por muitos séculos etc.
No entanto, precisamos entender, em primeiro lugar, que a cultura não é algo que deve ser desprezado, pois indica normas de comportamentos e papéis que organizam uma sociedade e estruturam as pessoas psiquicamente, um exemplo disso é que uma cultura que se desmorona como de algumas tribos indígenas no Brasil, desmorona também o psiquismo dos seus membros. Então, nem tudo que é cultural é errado, muito ao contrário, o cultural pode ser estruturante e saudável para a sobrevivência de uma sociedade, de uma tribo ou de uma comunidade.
Em segundo lugar, os papéis (muitas vezes realçados pelos brinquedos infantis, pelas cores etc) são de extrema importância para o psiquismo saudável, para que a pessoa possa construir sua identidade, inclusive a sexual.
A ideologia de gênero quer incutir na nossa mente que esses papéis são apenas criações culturais machistas e patriarcais para a dominação do homem sobre as mulheres. Mas será que um homem pode exercer o papel de mãe? Será que uma mulher pode ter a mesma força física de um homem de forma natural, sem nenhum recurso externo como hormônios masculinos? Será que um homem que nasce homem poderá mesmo ser mulher um dia?
Um dia, ouvi, na homilia de um padre da Canção Nova, uma fala muito interessante: um homem que troca de sexo, colocando útero e seios, sempre será um homem com útero e seios, nunca uma mulher. Mas a ideologia de gênero deseja incutir essa falta de realidade em nossa cabeça, dizendo que podemos ser o que quisermos e que é natural nascer homem e passar a ser mulher por causa da opção sexual. Sendo que as crianças e os adolescentes poderão, ingenuamente, crer nisso.
Temos de entender que existem os aspectos biológicos que não podem ser negados, eles são reais e dados. Loucura são as vezes que escapamos da realidade para fazer de nossas fantasias, alucinações e delírios uma realidade. Hoje, vivemos a loucura, em que as pessoas fazem de seus delírios uma realidade e ainda querem impô-las aos outros por meio de leis.
Podemos respeitar a todos, não os discriminar, nunca ser violentos ou fazer acepção de pessoas, pois Jesus Cristo jamais faria isso. Mas vamos discernir bem o que é loucura e o que é real.
Arlene Denise Bacarji
Possui graduação em filosofia pela Universidade Católica Dom Bosco (1991), mestrado em Sociologia pela Universidade Federal do Paraná (2000), mestrado em Teologia pela PUC (RS) e doutorado em Teologia sistemático-pastoral pela PUC-Rio. Foi professora e coordenadora adjunta da Faculdade Palotina de Santa Maria (RS) no curso de Teologia. Atualmente, é coordenadora do Curso de Teologia da Faculdade Canção Nova em Cachoeira Paulista (SP).
http://formacao.cancaonova.com/afetividade-e-sexualidade/a-ideologia-de-genero/

O sexo nos planos de Deus

Serão um só coração, uma só alma, terão um só projeto de vida
Você sabe qual o sentido do sexo no plano de Deus? O sexo une e é benéfico para o relacionamento. Todavia, Deus Pai é categórico ao propor que ele seja feito apenas dentro do matrimônio. O Senhor não inclui em Seus planos a vivência do sexo fora ou antes do casamento. A vivência sexual entre o homem e a mulher tem dois sentidos no plano divino: unitivo e procriativo. O Criador disse para o casal: “Sede fecundos e multiplicai-vos, enchei a terra” (cf. Gn 1,28), e ela não está cheia ainda. Falta muito para enchê-la e, para isso, o Senhor deu ao casal a vida sexual.
O sexo nos planos de Deus
Deus não quer sexo sem vida, mas também não quer vida sem sexo. Ele não quer que se tenha vida sexual e se impeça a vida de acontecer. Vida sem sexo, gerada num tubo de ensaio, gerada por fertilização, inseminação artificial, não está nos planos de Deus. Para que haja o ato sexual deve haver corações abertos à vida. Essa é a dimensão da procriação. Não há nada mais lindo neste mundo do que a maternidade e a paternidade.
O ser humano é gerado pelo ato sexual, o ato da vida. Para o casal, ele é uma fonte de vida, por isso é um ato grandioso e digno. Contudo, no mundo, o sexo encontra-se maltratado, sujo, profanado, prostituído, comercializado e, dessa forma, é comum na mente de algumas pessoas a imagem desse ato [sexo] como algo impuro, ruim.
Não, o sexo é algo belo! Há pessoas que, antes de praticarem o ato sexual, viram o crucifixo de costas, retiram as imagens sagradas do quarto, porque não compreendem a dignidade desse ato.
Além do aspecto procriativo do sexo, resta ainda o aspecto unitivo, ou seja, que une o casal. Deus disse para o casal: “Sereis uma só carne” (cf. Mc 10,8), e esta expressão significa: “Serão um só coração, uma só alma, terão um só projeto de vida, serão um”. É o que o Todo-poderoso quer para o casal. Ele quer que, no momento de gerar um filho, o casal seja um. Um pelo ato sexual, que é exatamente a celebração do amor conjugal.
O sexo para o casal é a celebração mais profunda do amor conjugal, o ápice do amor. O sentimento amoroso pode ser expresso de inúmeras maneiras: dando uma flor para a pessoa amada, um abraço, um telefonema quando se está longe. Porém, a forma mais intensa, mais profunda e radical de expressá-lo é pelo ato sexual, no qual não estão mais presentes as palavras; estão os corpos, a sensibilidade, os corações entregando-se um ao outro.
Do livro ‘A Cura da nossa Afetividade e Sexualidade’ – Editora Canção Nova
http://formacao.cancaonova.com/relacionamento/namoro/o-sexo-nos-planos-de-deus/

Atentados, suicídios: os jovens diante da violência do mundo

  Francisco Borba Ribeiro Neto   -   publicado em 02/04/23 Diante dessa situação, existe uma tarefa que compete a todos nós: os jovens preci...